sábado, 27 de agosto de 2011

Atingir a Iluminação na presente existência - 1 º GRAU


Atingir a Iluminação na presente existência

Edição 515 - Publicado em 16/Julho/2011 - Página 68
“Para uma pessoa com forte energia vital e sabedoria, este mundo real repleto de condições adversas é, em si, o local mais adequado para o próprio desenvolvimento e a manifestação de seu valor”
O objetivo da prática do Budismo Nitiren está em manifestar o estado de Buda na própria vida. Certamente, a sincera dedicação nas práticas individual e altruística, acreditando no Gohonzon, possibilita às pessoas alcançarem a condição de Buda ao longo da existência. Isso se chama “atingir a iluminação na presente existência”.
Nitiren Daishonin afirma: “Se os devotos do Sutra de Lótus praticarem exatamente como ensinado nos sutras, todos, sem exceção, atingirão o estado de Buda na presente existência. Citando uma analogia, se alguém semeia uma planta na primavera e no verão, mesmo que seja mais cedo ou mais tarde, com certeza, ao longo do ano, será possível fazer a colheita” (WND, v. 2, p. 88).
A iluminação não significa em absoluto se tornar uma pessoa especial, totalmente diferente da atual, nem passar a viver num paraíso afastado do mundo real. Daishonin declara que a iluminação nada mais é que “abrir” a condição de vida do Buda inerente em si mesmo. Portanto, iluminação não significa viver em outro mundo distante da realidade atual, mas, sim, edificar uma condição de vida de felicidade indestrutível perante quaisquer circunstâncias.
Tendo como base as particularidades existentes na cerejeira, no pessegueiro, na ameixeira e no damasqueiro, Nitiren Daishonin demonstra que iluminação indica um modo de viver em que se extrai plena e totalmente a característica própria de cada indivíduo. Portanto, a condição de iluminação é aquela em que se purifica a vida de forma ampla, fazendo manifestar ao máximo a potencialidade e cultivando uma vida inabalável perante quaisquer tipos de dificuldade.
Por outro lado, a iluminação não deve ser encarada como “ponto de chegada”. A iluminação encontra-se em meio a uma batalha contínua do bem contra o mal, acreditando na Lei Mística. Em suma, Buda é a pessoa que batalha ininterruptamente em prol do Kossen-rufu.

Felicidade relativa e felicidade absoluta

O presidente Toda afirmava que há dois tipos de felicidade: a relativa e a absoluta. A felicidade relativa indica, por exemplo, a satisfação de uma conquista material ou de algo muito desejado. No entanto, essa satisfação não é duradoura, pois não há limites para os desejos. A felicidade conquistada em função de fatores externos se abala e desaparece imediatamente quando tais fatores mudam.
Em contrapartida, a felicidade absoluta indica uma condição de vida que não está presa a fatores externos, e, sim, se manifesta pelo simples fato de se viver. Esse tipo de felicidade nada mais é que o estado de Buda ou a iluminação.
Naturalmente, para alguém que vive em meio à realidade, as dificuldades e os sofrimentos estão sempre presentes. Fazendo uma analogia, uma pessoa de boa saúde poderá escalar uma montanha, sem nenhuma dificuldade, mesmo carregando uma bagagem de considerável peso. Da mesma forma, uma pessoa que consegue estabelecer uma vida de felicidade absoluta pode ultrapassar tranquilamente mesmo as maiores adversidades, manifestando forte energia vital e transformando as dificuldades numa mola propulsora para seu desenvolvimento. A pessoa saudável que escala uma montanha sentirá maior prazer da vitória quanto mais íngreme for o trajeto. Da mesma forma, para uma pessoa com forte energia vital e sabedoria, este mundo real repleto de condições adversas é, em si, o local mais adequado para o próprio desenvolvimento e a manifestação de seu valor.
De outro ponto de vista, a felicidade relativa que depende do ambiente desaparece junto com a morte. Porém, conforme Nitiren Daishonin afirma em seus escritos, a felicidade absoluta é eterna, capaz de transcender até mesmo a morte.

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