sábado, 27 de agosto de 2011

Dez Estados da Vida e Atingir a Iluminação na Presente Existência - 1 º GRAU


Dez Estados da Vida e Atingir a Iluminação na Presente Existência

Edição 515 - Publicado em 16/Julho/2011 - Página 60

O objetivo fundamental da prática budista é conquistar a suprema condição de Buda na própria vida na presente existência. Vamos estudar sobre este ponto por meio destes dois princípios

Os Dez Estados da Vida

Os Dez Estados da Vida, também conhecidos como Dez Mundos, compõem a base da filosofia de vida explicada pelo Budismo Nitiren. É uma teoria profunda e prática que esclarece com simplicidade as complicadas questões da vida. Por meio do estudo dos Dez Estados da Vida, compreende-se o correto direcionamento de que a transformação da própria condição de vida está ao alcance de todas as pessoas.
Os estados da vida estão classificados em dez categorias: Inferno, Fome, Animalidade, Ira, Tranquilidade, Alegria, Erudição, Absorção, Bodhisattva e Buda. Os seis estados inferiores — do Inferno até o de Alegria — formam o Ciclo dos Seis Caminhos. No cotidiano, as pessoas manifestam esses seis estados em função de influências externas.
Já os quatro estados da vida superiores — Erudição, Absorção, Bodhisattva e Buda — são conhecidos como os Quatro Nobres Caminhos. São condições de vida alcançadas com os esforços desenvolvidos pelas próprias pessoas, quando conseguem se libertar do domínio das influências externas.
Os ensinos budistas pré-Sutra de Lótus pregavam a existência de mundos distintos para cada um dos Dez Estados da Vida, tais como o Inferno debaixo da terra ou a Terra Pura em algum local distante. Todavia, o Sutra de Lótus apresentou uma visão fundamentalmente modificada ao afirmar que os Dez Estados não estão presentes cada qual num mundo físico distinto, mas, sim, são condições que se encontram ligadas, ou seja, são inerentes à própria vida.
Assim, mesmo uma condição de vida que, em determinado momento, manifeste apenas um dos estados, na realidade, possui inerentemente todos os dez e pode evidenciá-los a qualquer instante. Esse conceito é conhecido no Budismo como Possessão Mútua dos Dez Estados da Vida.
Nitiren Daishonin afirma: “Tanto a terra pura quanto o inferno não existem fora de nossa vida; eles somente podem ser encontrados em nosso coração. A pessoa que desperta para isso é chamada de Buda; e a que ignora é denominada mortal comum. O Sutra de Lótus revela essa verdade, e quem abraça esse sutra perceberá que o inferno é a própria Terra da Luz Tranquila” (WND, v. 1, p. 456).
A existência dos Dez Estados indica, por exemplo, que ao se encontrar numa condição de inferno, pode-se transformá-la na máxima alegria do estado de Buda. Portanto, a teoria dos Dez Estados da Vida embasada no Sutra de Lótus é um princípio que expressa a possibilidade de transformação da própria vida.
Vejamos agora cada um dos Dez Estados, a começar pelos Seis Caminhos, tendo como base a seguinte passagem do escrito de Nitiren Daishonin, “O Objeto de Devoção para a Observação da Mente”: “Quando observamos o rosto de alguém em momentos diferentes, vemos que algumas vezes ele está alegre; em outras, irado; e, em outras, calmo. Algumas vezes, percebemos que o rosto de uma pessoa reflete ganância; outras, tolice; e outras, perversidade. O ódio é Inferno; a ganância é Fome; a tolice é 
Animalidade; a perversidade é Ira; e a serenidade é o estado de Humanidade” (END, v. 5, p. 173).
1. Estado de Inferno
Originalmente, “inferno” possuía o significado de “cárcere subterrâneo”. Os sutras budistas mencionam diversos tipos de “inferno”, tais como os “oito infernos ardentes” e os “oito infernos congelantes”. Esta é a condição de vida mais baixa entre os Dez Estados, totalmente dominada pelos sofrimentos, na qual a pessoa se sente sem liberdade para fazer o que gostaria.
Tal como mencionado na seguinte frase das escrituras: “O Inferno é uma moradia de fogo amedrontadora” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. IV, p. 280) o estado de Inferno é uma condição de vida em que tudo à volta da pessoa parece trazer-lhe sofrimento como se a envolvesse em chamas.
Além disso, em “O objeto de Devoção para a Observação da Mente”, Daishonin afirma: “O ódio é Inferno” (END, v. 5, p. 173). Esse “ódio” indica o sentimento manifestado pela pessoa em relação a tudo que a faz sofrer. O “ódio” é também o gemido pela dor dos sofrimentos que dominam a pessoa nesse estado. Portanto, o estado de Inferno é uma condição de vida em que “o próprio fato de viver lhe traz sofrimento” e “tudo na vida lhe invoca um sentimento de infelicidade”.
Outro aspecto do estado de Inferno é o de arruinar a si mesmo e as outras pessoas, movido pelo impulso incontrolável de destruição. Nesse sentido, a guerra, que é o ápice do sofrimento humano, nada mais é que a manifestação da condição do estado de Inferno.
2. Estado de Fome
É caracterizado pela ideia fixa de realizar os desejos e pela incapacidade de satisfazê-los. Em sua origem, a palavra “fome” provém de “morrer de fome”, ou seja, uma pessoa faminta busca descontroladamente saciar o desejo por alimento pela própria sobrevivência. Assim, o estado de Fome representa uma condição em que a intensa chama dos desejos destrói a própria vida, tal como Daishonin afirma: “Fome é um lamentável estado em que pessoas famintas devoram os próprios filhos” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. IV, p. 280)e “A ganância é Fome” (END, v. 5, p. 173).
Naturalmente, em termos de desejo, há duas faces — uma do bem e a outra do mal. Por exemplo, o ser humano não poderá sobreviver se não houver o desejo por alimentação. Há também diversas situações em que o desejo promove o progresso e o desenvolvimento das pessoas. O estado de Fome é uma condição em que não se consegue direcionar os desejos para o próprio desenvolvimento. Ao contrário, a pessoa se torna escrava desses mesmos desejos, causando sofrimento a si mesma.
3. Estado de Animalidade
O que caracteriza o mundo dos animais é a ausência da razão e a busca exclusiva por interesses imediatos, rápidos. Portanto, o estado de Animalidade é uma condição de vida em que as pessoas são conduzidas unicamente por seus instintos, sem conseguir discernir o certo do errado. Nitiren Daishonin assegura: “A tolice é Animalidade” (END, v. 5, p. 173), “É da natureza dos animais ameaçar os fracos e temer os fortes” (END, v. 5, p. 16) e “Animalidade é matar ou ser morto” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. IV, p. 280).
No estado de Animalidade, as pessoas agem de forma compulsiva, irracional, sem pensar e sem moralidade. O critério de suas ações é se aproveitar dos mais fracos e bajular os mais fortes. Essas pessoas não conseguem visualizar o futuro e ficam presas somente às coisas imediatas e, no final, destroem a si mesmas.
O conceito de “animal” adotado para caracterizar esse estado provém da Índia antiga. Na realidade, há exemplos claros de animais que vivem para o bem-estar do ser humano, como os cães que guiam pessoas com deficiência visual. Em contrapartida, há casos de seres humanos que agem de forma mais selvagem que animais, tal como numa guerra.
Os estados de Inferno, Fome e Animalidade são condições de terrível agonia e, portanto, conhecidos como Três Maus Caminhos.
4. Estado de Ira
Originalmente, o estado de Ira era simbolizado por asura, um demônio da mitologia indiana descrito como briguento e hostil por natureza. A condição de vida no estado de Ira caracteriza-se pelo constante e desenfrea­do desejo de vencer os outros. Indivíduos nesse estado vivem se comparando a outros.
Desse modo, quando uma pessoa no estado de Ira se defronta com alguém que considera inferior, ela manifesta arrogância e menosprezo. Diante daquele considerado de sabedoria superior, não manifesta o sentimento de respeito. Ao se deparar com outra pessoa de capacidade comprovada, torna-se bajuladora e procura se mostrar humilde. Porém, em seu íntimo, mantém apenas o sentimento de inveja e desapontamento.
Portanto, a ambiguidade entre as ações e o coração caracteriza o estado de Ira. Nitiren Daishonin descreve esse estado na frase: “A adulação é Ira” (END, v. 5, p. 173). Em suma, com o sentimento distorcido, procura aparentar um aspecto que nada tem a ver com sua verdadeira natureza.
O estado de Ira é diferente dos Três Maus Caminhos do Inferno, Fome e Animalidade em que a pessoa é completamente dominada pelos desejos fundamentais dos Três Venenos da avareza, ira e estupidez. Isso porque ela possui consciência dos seus atos, mas tem como base um forte sentimento de egoís­mo. Mesmo assim, é também uma condição de vida de sofrimento e infelicidade. Por essa razão, o estado de Ira, junto com os Três Maus Caminhos, forma as Quatro Tendências Maléficas ou Quatro Maus Caminhos.
5. Estado de Tranquilidade
Conhecido também como o estado de Humanidade, é uma condição de vida em que a pessoa manifesta paz e serenidade como um verdadeiro ser humano. Nitiren Daishonin afirma: “Serenidade é estado de Humanidade” (END, v. 5, p. 173).
Nesse estado, a razão se manifesta claramente no julgamento do bem e do mal e as pessoas conseguem manter o autocontrole, tal como Daishonin afirma: “O sábio deve ser chamado humano, e os tolos devem ser denominados animais” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. I, p. 299).
Dessa forma, não se consegue manter essa condição digna de um ser humano sem esforço. Na realidade, em meio a circunstâncias negativas, é extremamente difícil, ou até mesmo impossível, viver dignamente como ser humano se não houver um esforço permanente visando ao progresso de si mesmo. O estado de Tranquilidade é o primeiro passo para conquistar a vitória sobre si, ou seja, “vencer a si mesmo”. Assim, o estado de Tranquilidade pode ser interpretado também como um receptáculo, ou um abrigo, para a própria iluminação.
Porém, esse estado apresenta o perigo de a pessoa, num instante, cair nos maus caminhos. Ao mesmo tempo, possui o potencial de fazê-la avançar para os Quatro Nobres Caminhos com a dedicação na prática budista.
6. Estado de Alegria
Originalmente, era uma condição simbolizada pelos céus onde acreditava-se que residiam deuses com poderes sobre-humanos. Na Índia antiga, acreditava-se que as pessoas de boas ações na vida presente nasceriam nos céus na próxima existência. No Budismo, esse “mundo dos céus” indica a condição de vida de contentamento que se origina da concretização dos desejos e da solução dos problemas.
Dessa maneira, o estado de Alegria nasce da concretização dos mais variados tipos de desejos, tais como os desejos instintivos por dormir ou comer; desejos materiais por um carro ou uma casa; desejos sociais por conquista de fama e posição; desejos espirituais, como os de criar uma forma de arte; entre outros. Todavia, a alegria desse estado é efêmera [passageira] e desaparece com o passar do tempo ou com a mudança das circunstâncias. Por essa razão, não se pode considerar o estado de 
Alegria uma condição de verdadeira felicidade a ser alcançada.
Dos Seis Caminhos para os Quatro Nobres Caminhos
Os Seis Caminhos — do estado de Inferno ao estado de Alegria — são condições de vida em que as pessoas são arrastadas pelas influências externas. Ao concretizar os desejos pessoais, manifestam o estado de Alegria e, quando seu ambiente é pacífico, podem experimentar o estado de Tranquilidade. Contudo, no momento em que essas circunstâncias desaparecem, surgem os sofrimentos, tais como os do estado de Inferno e de Fome. Por isso, nos Seis Caminhos, as pessoas são dependentes das 
circunstâncias externas, sendo privadas da liberdade de manter o autocontrole.
O objetivo da prática budista é o de edificar uma circunstância de felicidade com total independência dos fatores externos, ultrapassando os estados dos Seis Caminhos. Essa condição de vida — conquistada por meio do exercício budista — é denominada Quatro Nobres Caminhos — Erudição, Absorção, Bodhisattva e Buda.
7 e 8. Estados de Erudição e de Absorção
Os estados de Erudição e de Absorção são conhecidos como Dois Veículos e podem ser conquistados pelo exercício budista — do budismo Hinayana. O estado de Erudição é uma condição de iluminação parcial ouvindo os ensinos do Buda.
O estado de Absorção é também uma con­dição de percepção parcial sobre o Budismo, porém, alcançada por si mesmo com base na observação de diversos fenômenos. Essa iluminação parcial corresponde à percepção sobre a impermanência ou a transitoriedade da vida. Ou seja, com o passar do tempo, tudo o que existe no universo sofre transformações e acaba em extinção.
Nos Dois Veículos, a pessoa ultrapassa o apego às coisas transitórias, com uma visão objetiva tanto de si mesmo como do mundo e com a consciência de que tudo está em constante transformação até a extinção.
Da mesma forma, acontece na vida diária. Há ocasiões em que se sente fortemente o aspecto de transitoriedade tanto de si mesmo quanto das situações ao redor. Daishonin nos mostra que os Dois Veículos estão presentes também no estado de 
Tranquilidade (Humanidade) na seguinte frase: “O fato de que todas as coisas deste mundo são transitórias [passageiras] está perfeitamente claro para nós. Não será por que os estados dos Dois Veículos estão presentes no estado humano?” (END, v. 5, p. 174)
O budismo Hinayana considera a condição de vida dos Dois Veículos como a ideal. E, como a causa do apego às coisas transitórias é o desejo mundano, o Hinayana propõe a eliminação de tais desejos como caminho para se livrar dos sofrimentos. No entanto, esse tipo de pensamento conduz as pessoas a uma vida de resignação, extinguindo o próprio objetivo de
viver. Portanto, é claramente equivocado.
Do ponto de vista da iluminação do Buda, a percepção alcançada pelas pessoas dos Dois Veículos é apenas parcial. Entretanto, sentindo-se satisfeitas com a pequena percepção alcançada, as pessoas dos Dois Veículos deixam de buscar a verdadeira iluminação do Buda. Mesmo reconhecendo a grandiosidade do estado de vida do Buda que é seu mestre, essas pessoas se restringem à percepção parcial alcançada, sem acreditar na possibilidade da iluminação. Elas se fecham nessa percepção com um sentimento egoístico e não se empenham em beneficiar outras pessoas. Assim, a condição de vida das pessoas dos Dois Veículos se limita ao egocentrismo.
9. Estado de Bodhisattva
A palavra “bodhisattva” significa se esforçar ininterruptamente em busca da percepção do Buda. Ao contrário das pessoas nos Dois Veículos que não acreditam que possam atingir o estado de Buda como seu mestre, o Bodhisattva busca conquistar a mesma condição de vida do mestre. Além disso, o Bodhisattva almeja a salvação das pessoas, transmitindo-lhes o ensino do Buda.
Portanto, o que caracteriza o Bodhisattva é o espírito de procura ao mais elevado estado de vida do Buda. Ao mesmo tempo, ele se empenha pelo bem de outras pessoas, transmitindo-lhes os benefícios conquistados por si próprio por meio dos exercícios budistas.
No coração do Bodhisattva, existe a busca pela própria felicidade e a das outras pessoas, realizando a prática de “extrair o sofrimento e conceder a felicidade” em meio à realidade social, mesmo vivendo momentos de sofrimentos.
Enquanto as pessoas nos Dois Veículos se fecham num coração egocêntrico e vaidoso — satisfeitas com a percepção parcial alcançada —, no estado de Bodhisattva predomina a ação em prol da Lei Mística e das pessoas, com forte senso de missão.
A base fundamental desse estado é a benevolência. No escrito “O Objeto de Devoção para a Observação da Mente”, Nitiren Daishonin afirma: “Até um terrível criminoso ama a esposa e os filhos. Ele também possui certo grau do estado de Bodhisattva em sua vida” (END, v. 5, p. 174). Originalmente, a vida contém o sentimento de benevolência. Mesmo uma pessoa, que não demonstra a menor preocupação com os outros, ama a esposa ou o marido e os filhos. O estado de Bodhisattva é baseado na benevolência voltada para o bem das pessoas.
10. Estado de Buda
O estado de Buda é a mais digna e respeitável condição de vida personificada, manifestada, pelo Buda. A palavra “buda” significa “iluminado” e indica alguém que compreendeu e alcançou a percepção da Lei Mística como a Lei fundamental da vida e do universo. De forma concreta, refere-se a Sakyamuni, nascido na Índia. Por outro lado, os sutras budistas mencionam diversos budas, por exemplo, o Buda Amida. Todavia, tais budas são mitológicos e simbolizam o aspecto maravilhoso e grandioso do estado de Buda.
Com o propósito de salvar todas as pessoas dos Últimos Dias da Lei, Nitiren Daishonin manifestou o estado de Buda na própria vida de ser humano comum, estabelecendo o caminho do estado de Buda para todas as pessoas. Por essa razão, Nitiren Daishonin é o Buda Original dos Últimos Dias da Lei.
O estado de Buda é uma condição repleta de boa sorte alcançada com a percepção de que a origem da própria vida é a Lei Mística. O Buda, que estabeleceu essa condição de vida, prossegue em sua batalha a fim de que todas as pessoas conquistem esse mesmo estado de Buda, incorporando em si a mais suprema benevolência e sabedoria.
Originalmente, o estado de Buda é inerente à vida de todos nós. Porém, manifestá-lo em meio à realidade da vida diária é uma tarefa extremamente difícil. Como um meio para que as pessoas manifestassem o estado de Buda, Daishonin inscreveu o Gohonzon. Conforme a seguinte passagem dos seus escritos, Nitiren Daishonin incorporou no Gohonzon sua vida como Buda Original dos Últimos Dias da Lei: “Eu, Nitiren, inscrevi minha vida em sumi, assim, creia no Gohonzon com todo o seu coração. O coração do Buda é o Sutra de Lótus, mas a vida de Nitiren não é nenhuma outra senão o Nam-myoho-rengue-kyo” (As Escrituras de Nitiren Daishonin, v. I, p. 276).
A vida do estado de Buda e a prática da fé possuem um profundo relacionamento, como Nitiren Daishonin diz na seguinte passagem de “O objeto de Devoção para a Observação da Mente”: “As pessoas comuns que nasceram nestes Últimos Dias acreditam no Sutra de Lótus porque o estado de Buda existe no mundo humano” (END, v. 5, p. 174). O Sutra de Lótus é um ensino que revela a possibilidade de todas as pessoas atingirem o estado de Buda.
Todavia, só se acredita nesse ponto pelo fato de, como seres humanos, possuirmos originalmente o estado de Buda em nossa vida. Em relação a essa afirmação do Buda Nitiren Daishonin, Nitikan Shonin fez a seguinte interpretação: “O estado de Buda é a denominação dada ao sentimento de forte fé no Sutra de Lótus”. Aqui “Sutra de Lótus” indica o Sutra de Lótus dos Últimos Dias da Lei, isto é, o próprio Gohonzon. Portanto, o estado de Buda nada mais é que a forte prática e firme fé no Gohonzon.
O estado de Buda é o estado da felicidade absoluta, que não é influenciado por nada. O segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda, afirmava que o estado de Buda é quando uma pessoa se sente feliz pelo simples fato de estar viva.
A condição do estado de Buda, inabalável e de verdadeira tranquilidade, pode ser comparada à vida do rei leão que não teme a nada, independentemente das circunstâncias.

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